Era do medo: multidão da desordem
Era do medo: multidão da desordem
A loucura raivosa coletiva
O que pensa José de Souza Martins
Renato Dias
A Era do Medo. Assim será registrada pela História Contemporânea a Era Jair Messias Bolsonaro, no Brasil. A análise é do sociólogo José de Souza Martins. Um mix da Pandemia do Coronavírus Covid 19, da corrosão identitária e da democracia de baixo déficit de intensidade. À beira do abismo, observa.
Levantamento sociológico realizado pelo pesquisador mostra o Brasil no topo do ranking nacional em linchamentos. A média é de um por dia. O centro, hoje, é na Região Norte do País, Estado do Amazonas, capital Manaus, narra. É classificado como crime de multidão. Ilícito executado por pessoas que têm medo.
É o crime da ordem sem progresso. Da sociedade do medo, conceitua – a. O professor doutor José de Souza Martins aponta que o Brasil é uma sociedade fundada nas escravidões. Dos índios, negros, brancos e mestiços excluídos dos direitos à cidadania no capitalismo tardio, dependente, inconcluso.
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, desde o primeiro dia do mandato, mobiliza multidões com medos, sublinha. O inquilino do Palácio do Planalto é refém do medo da democracia e convoca multidões raivosas para dar-lhe suporte no poder com projetos autoritários e antidemocráticos, atira.
A multidão não tem caráter, é sujeito da desordem e do que o intelectual público diagnostica como baderna destrutiva. A multidão é o sujeito social da loucura coletiva, registra José de Souza Martins. É cúmplice do louco que a simboliza. Como o fascismo e o nazismo. A loucura coletiva produz loucos.
Donald Trump
Egocratas
Como o italiano Benito Mussolini, o artista plástico medíocre Adolf Hitler, o bilionário dos Estados Unidos das Américas Donald Trump e homens, egocratas, que os copiam. Em suas múltiplas versões, identidades e CPFs. Como Viktor Orban, Andrej Duda, Recep Erdogan, Narendra Modi e Jair Messias Bolsonaro.